Indicadores da macroeconomia que influenciam no mercado imobiliário

Indicadores da macroeconomia que influenciam no mercado imobiliário

De maneira similar aos principais indicadores econômicos relacionados ao mercado financeiro, existem indicadores da macroeconomia que influenciam o mercado imobiliário e, através deles, é possível entender como está esse mercado atualmente e quais suas tendências para o curto/médio prazo.

Indicadores da macroeconomia que influenciam no mercado imobiliário

Dessa forma, acompanhar os indicadores macroeconômicos que influenciam o mercado imobiliário é extremamente importante não só para investidores dessa classe de ativos, seja aqueles que investem através de fundos imobiliários ou os que compram diretamente apartamentos ou casas para ganhar dinheiro com o seu aluguel.

Se quiser saber o que são esses indicadores, qual sua importância e quais são os principais deles, leia este conteúdo até o final!

O que são indicadores econômicos relacionados ao mercado imobiliário?

Os indicadores econômicos relacionados ao mercado imobiliário são dados numéricos que influenciam diretamente este mercado, seja para mostrar uma tendência de crescimento dessa indústria, seja para mostrar uma tendência de retração e menos projetos.

Um exemplo claro está relacionado a Taxa Selic, quando ela está em patamares baixos, mais pessoas podem correr o risco de realizar financiamentos, já que as taxas estão mais baixas e os juros serão menores, dessa forma, se ela estiver “baixa”, ela estimula a atividade econômica e entre elas a atividade dentro do mercado imobiliário.

No entanto, o contrário também é verdadeiro, dessa forma, se a Taxa Selic estiver alta, ela estimula uma maior retração da economia e dentre os setores afetados, está o setor imobiliário. Porém, vale ressaltar que, esse tipo de indicador não deve ser analisado isoladamente de vários outros que também podem indicar uma retração ou uma expansão da atividade imobiliária.

Qual sua importância?

Os indicadores imobiliários são extremamente importantes, pois eles permitem realizar essa análise do mercado imobiliário e auxiliam na tomada de decisão de investidores ou até mesmo de uma pessoa que deseja dar entrada no financiamento de sua casa ou apartamento.

No entanto, para isso é necessário acompanhar e entender cada um deles além de conseguir identificar em que fase do ciclo de expansão ou retração estamos atualmente e qual a tendência, se é de mais retração ou ainda ou se é de expansão.

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Principais indicadores da macroeconomia que influenciam no mercado imobiliário

Os principais indicadores da macroeconomia que influenciam no mercado imobiliário são:

  • Índice Nacional de Custos da Construção do Mercado (INCC-M)
  • Custo unitário Básico da Construção Civil (CUB)
  • Taxa Selic
  • Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
  • Indicadores do mercado imobiliário ABRAINC/FIPE
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
  • Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR)

Abaixo vamos falar sobre cada um deles, explicar para que eles servem e como eles são medidos, confira:

Índice Nacional de Custos da Construção do Mercado (INCC-M)

Este índice é calculado com o objetivo de medir o total de dinheiro gasto com as obras de um imóvel na planta, envolvendo preços de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra. Ele é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e comumente utilizado para reajustar as parcelas dos contratos de compra de imóveis na fase de construção.

Vale ressaltar que sua medida é feita com base em pesquisas realizadas nas seguintes capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife.

Taxa Selic

Como já falado anteriormente, além das pessoas correrem mais riscos e serem mais estimuladas a gastar quando a Selic está baixa, isto também vale para as empresas tomarem mais empréstimos para investir, no entanto, no cenário de um aumento da Selic, o contrário também é verdadeiro para todos estes fatores.

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)

O IGPM é um índice que acompanha e mede a variação dos preços praticados no mercado, sendo geralmente o indicador financeiro a ser utilizado na correção de alguns contratos, como aluguéis de imóveis e na conta de luz.

Custo unitário Básico da Construção Civil (CUB)

O custo unitário básico da construção civil é bastante utilizado pelas empresas de construção civil, pois através dele pode-se realizar o registro das incorporações imobiliárias e identificar o custo básico dos empreendimentos. Vale ressaltar que ele foi criado em 1964 através de uma lei federal para servir como parâmetro na determinação de custos dos imóveis.

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Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

O IPCA é o índice oficial considerado pelo Banco Central (Bacen) para medir a inflação e avaliar a variação dos preços do mercado de consumo. Quando a inflação está alta, é prejudicial para a venda e locação de imóveis, além de interferir diretamente na Selic, que é geralmente o instrumento utilizado para controlar o aumento do IPCA.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

Este índice é calculado da mesma forma que o IPCA, no quesito de localidades e quantidade de produtos, mas para famílias de baixa renda, que ganham entre 1 e 5 salários mínimos. Dessa forma, ele é utilizado para reajustes salariais e interfere diretamente em empreendimentos focados neste público alvo.

Indicadores do mercado imobiliário ABRAINC/FIPE

Estes indicadores são acompanhados através da coleta e análise de dados dos alvarás de construção das prefeituras e órgãos municipais, acompanhando os projetos nas fases de desenvolvimento, construção e lançamento, com a atualização desses dados trimestralmente. Dessa forma, esta é uma medida do índice de atividade econômica no mercado imobiliário.

Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR)

Este índice foi lançado no dia 11 de janeiro de 2022 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e visa medir a evolução dos preços de aluguéis no Brasil, substituindo o IGPM e sendo calculado através dos contratos assinados por inquilinos e locatários de administradoras de imóveis nas seguintes capitais: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). 

O objetivo dele é medir de uma maneira mais acurada a oferta e demanda do mercado de locação residencial.

Com o conhecimento adquirido neste texto e através da análise desses indicadores, é possível identificar momentos de expansão e retração no setor imobiliário brasileiro, sendo estes extremamente importantes para investidores e também para aquelas pessoas que estão buscando comprar ou financiar sua primeira casa ou apartamento.

Dessa forma, é possível entender a fase do ciclo do mercado imobiliário que está ocorrendo no momento atual e quais as tendências para conseguir realizar bons investimentos ou para entender se essa é a melhor hora para realizar o financiamento de uma casa ou apartamento.

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Sobre o Autor

Geovane Souza
Geovane Souza

Geovane Souza é jornalista especialista em criação de conteúdo na internet, ações de SEO e marketing digital. Nas horas vagas é Universitário de Sistemas de Informação no IFBA Campus de Vitória da Conquista.

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