Nova regra no futebol esta sendo testada: Goleiros terão 8 segundos para repor a bola, ou punição será aplicada
De acordo com a nova regra os árbitros poderão conceder um escanteio ao time adversário caso o goleiro ultrapasse o limite de oito segundos segurando a bola. A ideia está sendo avaliada pela International Football Association Board (Ifab), responsável pelas regras do futebol, e já foi testada com sucesso na liga sub-21 da Premier League e em competições em Malta.
Sob o novo sistema, os árbitros levantariam a mão para iniciar uma contagem regressiva a partir de cinco segundos, chegando a zero. Caso o goleiro não libere a bola, a penalidade seria aplicada imediatamente.
Os resultados preliminares indicam que a ameaça do escanteio tem sido suficiente para alterar o comportamento dos goleiros, reduzindo o tempo de retenção da bola e agilizando a retomada do jogo.
Dados comprovam eficiência da nova regra
Patrick Nelson, diretor executivo da Associação Irlandesa de Futebol e membro da Ifab, destacou a eficácia dos testes realizados até agora. “Os dados mostram que a quantidade de escanteios concedidos devido à demora dos goleiros é praticamente inexistente. Isso indica que o efeito dissuasivo está funcionando como esperado”, afirmou.
Na experiência em Malta, os goleiros seguraram a bola 796 vezes, sem ultrapassar o limite de oito segundos em nenhuma ocasião. Já na Itália, a mesma regra será aplicada em competições sub-20, mas com uma diferença: em vez de escanteio, será concedido um arremesso lateral. Apesar disso, especialistas avaliam que o escanteio é uma punição mais severa e eficaz.
Nelson também ressaltou o impacto psicológico dessa regra: “A pressão de um treinador após a concessão de um escanteio ou lateral que resulte em gol é suficiente para garantir que o goleiro evite repetir o erro.”
Nova discussão sobre a regra de impedimento
Além da questão dos goleiros, a Ifab está revisitando propostas para modificar a regra do impedimento. Arsène Wenger, diretor de desenvolvimento global da FIFA, propôs que só seja considerado impedimento se houver um “espaço visível” entre o atacante e o defensor. A ideia busca mitigar decisões rigorosas, como gols anulados por milímetros.
David Elleray, diretor técnico da Ifab, explicou que a discussão sobre o tema está em fase inicial: “Estamos explorando formas de lidar com os desafios impostos pela tecnologia, que eliminou a margem de dúvida que antes existia. O objetivo é tornar as decisões mais justas e evitar que gols sejam anulados por detalhes mínimos.”
Impacto no futebol global
Caso essas mudanças sejam aprovadas, espera-se um impacto significativo no ritmo e na fluidez das partidas, além de trazer mais clareza e justiça às decisões de arbitragem. As próximas etapas incluem mais testes e discussões entre especialistas, mas a mensagem é clara: o futebol está buscando evoluir, mantendo o equilíbrio entre tradição e inovação.
PGR questiona legalidade das apostas esportivas e aciona STF
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra dispositivos das Leis 14.790/2023 e 13.756/2018, além de portarias do Ministério da Fazenda, que regulamentam as apostas esportivas e jogos online, conhecidas como “bets”.
A PGR argumenta que a legislação vigente não oferece mecanismos adequados para proteger direitos fundamentais dos consumidores, especialmente os mais vulneráveis, como crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência.
O procurador-geral Paulo Gonet destaca que as atuais normas podem violar direitos sociais e econômicos, incluindo saúde e alimentação, e aponta a ausência de licitação na concessão dos serviços de apostas, contrariando exigências constitucionais.
A PGR solicita a suspensão dos artigos que regulam as apostas e a implementação de uma regulamentação mais robusta e protetiva.
O tema já está em discussão no STF por meio da ADI 7721, apresentada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que questiona a regulamentação do mercado de apostas.
O ministro Luiz Fux, relator do caso, convocou uma audiência pública para debater as implicações sociais e econômicas das apostas esportivas. Tanto a PGR quanto a CNC defendem uma abordagem que equilibre a liberdade de mercado com a proteção dos interesses sociais e dos consumidores vulneráveis.
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