Seleção brasileira empata com o Uruguai e fecha 2024 sob pressão nas eliminatórias

A seleção brasileira fechou o ano com um empate em 1 a 1 contra o Uruguai, em jogo disputado nesta terça-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador, válido pela 12ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

Apesar de um início promissor, a equipe comandada por Dorival Júnior teve dificuldade em manter o ritmo e agora ocupa a quinta colocação, com 18 pontos. O resultado deixou o Brasil distante do topo da tabela e reforça a necessidade de ajustes na caminhada rumo à classificação direta.

O confronto foi marcado por um gol do uruguaio Federico Valverde, do Real Madrid, logo no início do segundo tempo, e pelo belo empate brasileiro, assinado por Gérson. Com a vitória do Equador sobre a Colômbia, os equatorianos assumiram a quarta posição, enquanto o Brasil caiu para quinto. A liderança permanece com a Argentina, enquanto o Uruguai ocupa a vice-liderança, com 20 pontos.

Um jogo de oscilações na seleção brasileira

O Brasil começou a partida dominando as ações nos primeiros 15 minutos, com forte presença ofensiva e diversas investidas na área adversária. Destaque para Raphinha, que, atuando como um meia criativo, articulou jogadas com precisão, além das iniciativas velozes de Vinícius Júnior e da visão de jogo de Gérson.

Apesar da pressão inicial, as finalizações não resultaram em gol, devido a decisões precipitadas e cortes precisos da defesa uruguaia.

A partir da metade do primeiro tempo, o Uruguai equilibrou a partida e passou a levar perigo à defesa brasileira. O goleiro Ederson precisou intervir em momentos críticos, enquanto os uruguaios aproveitaram o avanço para dividir o protagonismo do jogo.

Antes do intervalo, Igor Jesus teve uma chance clara, mas parou em uma grande defesa de Rochet.

Golpes e reação no segundo tempo

No retorno do intervalo, o Brasil repetiu a intensidade inicial, mas sem a mesma consistência. O Uruguai, por sua vez, aproveitou uma das primeiras oportunidades para abrir o placar com um belo chute de Valverde, que venceu a marcação brasileira e acertou o canto do goleiro Ederson.

Mesmo em desvantagem, a seleção manteve a calma e buscou o empate rapidamente. Gérson foi o responsável por igualar o marcador, com um voleio certeiro que balançou as redes.

Nos minutos finais, Dorival Júnior atendeu ao pedido da torcida e colocou Estêvão, jovem promessa do Palmeiras, em campo. Apesar do entusiasmo inicial, o jogador de 17 anos cometeu erros e não conseguiu mudar o panorama. O Brasil, desorganizado e sem criatividade, tentou pressionar, mas não superou a defesa adversária.

Análise final

O empate evidencia a oscilação da seleção brasileira nas Eliminatórias. Com desempenho irregular e dificuldades em manter a consistência ao longo das partidas, o Brasil terá que corrigir seus pontos fracos para garantir uma vaga direta na Copa do Mundo de 2026. A próxima janela de jogos será decisiva para recuperar terreno na tabela e retomar a confiança da torcida.

Escalações:

• Brasil: Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner (Gabriel Martinelli); Bruno Guimarães (André), Gérson (Lucas Paquetá) e Raphinha; Vini Jr., Igor Jesus (Luiz Henrique) e Savinho (Estêvão). Técnico: Dorival Júnior.
• Uruguai: Sergio Rochet; Guillermo Varela, José María Giménez, Mathí­as Olivera e Marcelo Saracchi; Rodrigo Bentancur, Manuel Ugarte, Federico Valverde, Facundo Pellistri (Puma Rodríguez) e Maxi Araújo (Cristian Oliveira); Darwin Núñez (Aguirre). Técnico: Marcelo Bielsa.

Gols:

• Uruguai: Valverde, aos 9’ do segundo tempo.
• Brasil: Gérson, aos 16’ do segundo tempo.

A seleção brasileira agora precisa encontrar soluções para voltar a figurar entre os primeiros colocados. A consistência será essencial para manter vivo o sonho da Copa do Mundo.

Clubes de futebol alertam: Fim das bets ameaça sustentabilidade financeira

Durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), realizada em 12 de novembro de 2024, representantes de clubes como Botafogo, Fluminense e Cruzeiro enfatizaram a importância das apostas esportivas regulamentadas para a saúde financeira do futebol brasileiro.

Eles argumentaram que a possível inconstitucionalidade da Lei nº 14.790/2023, que regula as “bets”, poderia levar à clandestinidade das apostas, prejudicando significativamente as receitas dos clubes. Atualmente, 15 dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro possuem patrocínios de casas de apostas, evidenciando a dependência do setor em relação a essas parcerias.

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