Modelos redutivos de educação para o bem-estar arriscam fracassar nas crianças, apontam pesquisadores
Primeiramente, embora a educação positiva seja um investimento conhecido há décadas, pesquisadores apontaram que os modelos ‘redutivos’ de educação podem ser não a melhor opção para crianças. Isso porque estes programas não são bem desenvolvidos pelas escolas: elas carecem de uma estrutura adequada para pôr em prática.
Dessa forma, a crítica foi exposta no livro “Wellbeing and Schooling”, lançado no último dia 21. No livro, temos uma compilação de trabalhos de diversos membros da rede de pesquisa Europeia de Educação em Saúde e Bem-Estar, que envolve os estudos de diversos especialistas pelo mundo.
Sendo assim, o livro argumenta que os sistemas educacionais lidam com a educação para o bem-estar de forma redutiva, tratando a experiência como um meio de aumentar a realização. Logo, o ponto de vista é ligado a outros modelos, como a “agenda da felicidade” que visa uma vida mais feliz nas escolas do Reino Unido.
Posteriormente, as críticas afirmam que as abordagens, embora sejam três, possuem um impacto limitado. Logo, eles acreditam que o bem-estar deve ser um objetivo educacional por direito próprio, criando uma experiência onde os alunos se envolvam com as circunstâncias que garantem o seu bem-estar.
Modelos redutivos de educação pode não ter uma boa opção para crianças
No livro, diversos exemplos são apresentados de como o bem-estar foi alcançado. Assim, eles mostram diversas estratégias sistêmicas, como o uso dos “anos de transição”, na Coreia do Sul e Irlanda. Além disso, outros exemplos como os projetos criados por pais e professores na Nova Zelândia também foram mencionados.
Em geral, o bem-estar é conceituado como tendo duas dimensões: na primeira, um aspecto hedônico, que se refere a satisfação pessoal, e na segunda, um aspecto “eudaimonico”, que tem um senso de propósito significativo. Segundo Ros McLellan, que co-editou o livro, a educação para o bem-estar utiliza apenas a primeira dimensão.
Sendo assim, os modelos ‘redutivos’ de educação para o bem-estar estão falhando. Dados da Children’s Society informou que 300 mil jovens entre 10 a 15 anos estão descontentes com a sua vida, enquanto um a cada 8 jovens se sente pressionado a permanecer na escola.
Além disso, uma outra pesquisa apontou que o estresse dos alunos levanta outras questões, tais como a justificativa política padrão para a educação para o bem-estar continua. Assim, eles apontam que o impacto positivo no comportamento e no desempenho pode não estar tendo o efeito esperado.
Por fim, eles apontaram uma filosofia educacional alemã, que está sendo utilizada na Escandinávia e em outros lugares, que liga o desenvolvimento pessoal independente a noção ampla de propósito e responsabilidade social. Talvez essa seja a resposta para evoluir a educação para o bem-estar.
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